Tempo de tela por idade: principais recomendações

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O uso de dispositivos eletrônicos como smartphones, tablets, computadores e smart TVs tornou-se uma parte integrante da vida cotidiana. No entanto, a exposição excessiva a telas pode ter implicações significativas para a saúde física e mental, especialmente em crianças e adolescentes. 

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Continue a leitura para explorar as recomendações de tempo de tela por idade, baseando-se em estudos e orientações de especialistas e aprenda sobre os possíveis impactos do uso excessivo de telas.

Quais são as recomendações de Tempo de Tela por Idade?

As recomendações de tempo de tela variam de acordo com a idade, refletindo as diferentes necessidades e vulnerabilidades em cada estágio de desenvolvimento. Diversas organizações de saúde, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Academia Americana de Pediatria (AAP), oferecem diretrizes claras sobre o uso de telas.  



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Confira algumas delas:

Bebês (0-2 anos)

Para bebês com menos de 18 meses, a OMS e a AAP recomendam evitar qualquer tipo de contato com telas, exceto para videochamadas com familiares. Para crianças entre 18 e 24 meses, se os pais optarem por introduzir o tempo de tela, deve ser um conteúdo de alta qualidade, com tempo limitado e assistido junto com um adulto que possa ajudá-los a entender o que estão vendo.

Crianças (2-5 anos)

Para crianças de 2 a 5 anos, a recomendação é limitar o tempo de tela a uma hora por dia de programação de alta qualidade. É crucial que os pais ou cuidadores assistam com as crianças para ajudar a interpretar o conteúdo e garantir que ele seja apropriado e educativo.

Crianças (6-12 anos)

Para crianças de 6 a 12 anos, as diretrizes tornam-se mais flexíveis, mas ainda enfatizam a necessidade de equilíbrio. A AAP sugere que os pais estabeleçam limites consistentes de tempo de tela, garantindo que ele não interfira no sono, na atividade física e em outras atividades essenciais para a saúde e o desenvolvimento da criança. Recomenda-se um máximo de 2 horas por dia de tempo de lazer na tela, sem contar o tempo de tela necessário para tarefas escolares.


Adolescentes (13-18 anos)

Para adolescentes, o desafio é encontrar um equilíbrio saudável. A AAP continua a recomendar que o tempo de tela não interfira no sono, na atividade física e no tempo dedicado a atividades sociais e escolares. Embora não haja um limite rígido, a ênfase é colocada na moderação e no uso consciente da tecnologia.

Quais os impactos do Tempo de Tela por idade?

Impactos Físicos

1. Saúde ocular: O uso prolongado de telas pode causar fadiga ocular, olho seco e síndrome da visão computacional. Estudos mostram que a exposição prolongada à luz azul emitida por telas pode afetar negativamente a visão e a qualidade do sono.

2. Sedentarismo e obesidade: O tempo excessivo de tela está associado a níveis mais baixos de atividade física, o que pode contribuir para o ganho de peso e a obesidade infantil. A inatividade física também está ligada a outros problemas de saúde, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

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Impactos Psicológicos

1. Sono: A exposição prolongada a telas, especialmente antes de dormir, pode interferir nos padrões de sono. A luz azul das telas pode suprimir a produção de melatonina, um hormônio que regula o sono, levando a dificuldades para adormecer e menor qualidade do sono.

2. Saúde mental: Outros estudos indicam uma correlação entre o tempo excessivo de tela e problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e baixa autoestima. As redes sociais, em particular, podem aumentar sentimentos de inadequação e isolamento social.

3. Desenvolvimento cognitivo: Para crianças pequenas, o tempo excessivo de tela pode interferir no desenvolvimento cognitivo. A interação face a face é crucial para o desenvolvimento da linguagem e habilidades sociais, e o tempo excessivo de tela pode substituir essas interações essenciais.


Impactos Sociais

1. Isolamento social: O uso excessivo de dispositivos pode reduzir a interação social face a face, essencial para o desenvolvimento de habilidades sociais das crianças e adolescentes. Adolescentes, em particular, podem se tornar mais isolados socialmente, preferindo interações virtuais às presenciais.


2. Desempenho escolar: O tempo de tela excessivo pode afetar negativamente o desempenho escolar. A distração causada por dispositivos durante os horários de estudo e a falta de sono podem levar a uma diminuição na concentração e nas habilidades acadêmicas.

Estratégias para gerenciar o tempo de tela por idade

Para famílias

1. Modelar um comportamento saudável: Pais que limitam seu próprio uso de tela e demonstram hábitos saudáveis podem influenciar positivamente seus filhos.

2. Estabelecer horários livres de telas: Designar horários específicos, como durante as refeições e antes de dormir, como momentos livres de telas pode ajudar a estabelecer limites claros.

3. Incentivar atividades alternativas: Encorajar a prática de esportes, leitura, brincadeiras ao ar livre e outras atividades que não envolvam telas pode promover um estilo de vida equilibrado.

Para as escolas

1. Educação digital: Incluir a educação sobre o uso saudável de tecnologia no currículo pode ajudar os estudantes a desenvolverem hábitos conscientes e críticos em relação ao uso de telas.

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2. Políticas de uso de dispositivos: Estabelecer políticas claras sobre o uso de dispositivos em sala de aula e durante o horário escolar pode ajudar a minimizar distrações e promover um ambiente de aprendizado mais focado.

3. Atividades extracurriculares: Oferecer uma variedade de atividades extracurriculares que incentivem a atividade física e a interação social pode ajudar a equilibrar o tempo de tela dos estudantes.

O uso de telas é uma parte inevitável da vida moderna, mas é crucial que pais e educadores ajudem as crianças e adolescentes a encontrar um equilíbrio saudável. Seguindo as recomendações de tempo de tela por idade e implementando estratégias para gerenciar o uso de dispositivos, é possível minimizar os impactos negativos e promover um desenvolvimento físico, mental e social saudável. 

A chave está em manter o diálogo aberto sobre o uso da tecnologia e criar um ambiente que valorize o equilíbrio e a moderação.

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